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domingo, 23 de março de 2025

UMA CIDADE SUBTERRÂNEA SOB AS PIRÂMIDES DO EGITO?

A DESCOBERTA E SUA TECNOLOGIA

Pesquisadores italianos e escoceses usaram tecnologia de radar de penetração no solo (Ground Penetrating Radar – GPR) para identificar uma vasta rede subterrânea abaixo do platô de Gizé. Segundo as análises, essa estrutura se estende por mais de 2.000 metros e apresenta um tamanho potencialmente dez vezes maior que as pirâmides que estão acima dela.




 

Os dados obtidos pelo radar apontam para a existência de:

*     Oito poços cilíndricos profundos (com supostos 640 metros de profundidade), possivelmente usados para ventilação ou acesso;

*     Caminhos em espiral, que sugerem um sistema de deslocamento interno planejado;

*     Duas grandes estruturas cúbicas (aproximadamente 2 km de profundidade), que podem ter servido como templos ou câmaras principais de entrada.

IMPLICAÇÕES PARA A HISTÓRIA DO EGITO ANTIGO

Se confirmada, essa descoberta pode reescrever a história da civilização egípcia, pois indicaria que os antigos egípcios possuíam um nível de engenharia subterrânea muito mais avançado do que se imaginava. Além disso, levantaria questões sobre o propósito original das pirâmides:

1. As pirâmides poderiam estar ligadas a uma rede subterrânea secreta?

2. Seria essa cidade uma necrópole oculta, com túmulos de sacerdotes e faraós ainda desconhecidos?

3. Ou poderia ser um grande centro administrativo ou religioso, reforçando a teoria de que as pirâmides não eram apenas túmulos?

CONTROVÉRSIAS E QUESTIONAMENTOS

Apesar da empolgação, a descoberta gerou grande ceticismo na comunidade científica. Alguns especialistas questionam a viabilidade da tecnologia de radar para detectar estruturas a tais profundidades, mostrando que o nradar de penetração no solo pode sofrer interferências e apresentar leituras ambíguas, especialmente em terrenos rochosos como o do platô de Gizé.

Outros pesquisadores afirmam que nenhuma escavação foi feita para confirmar a existência da cidade subterrânea, tornando os resultados ainda inconclusivos, vale ressaltar que autoridades egípcias também são conhecidas por restringirem escavações em áreas sensíveis, o que pode dificultar a verificação dessas estruturas.

A revelação causou polêmica entre especialistas, gerando um intenso debate na comunidade científica. O professor Lawrence Conyers, da Universidade do Arizona, renomado em tecnologia arqueológica, contestou a descoberta em entrevista ao Daily Mail, argumentando que as ferramentas atuais não são capazes de produzir imagens precisas em profundidades tão extremas. Para ele, as alegações são “um grande exagero”.

Ainda assim, Conyers não descarta totalmente a possibilidade de que estruturas menores, como câmaras subterrâneas, tenham existido no local antes da construção das pirâmides, especialmente considerando a importância espiritual da região para as civilizações antigas. No entanto, ele enfatiza que apenas escavações direcionadas poderiam comprovar essa hipótese.

CONCLUSÃO

Se for comprovada, a existência dessa cidade subterrânea pode mudar completamente a compreensão que temos sobre as Pirâmides de Gizé e a sociedade egípcia antiga. No entanto, ainda há muitas dúvidas a serem esclarecidas, e escavações futuras serão necessárias para validar essa hipótese. Enquanto isso, a descoberta continua sendo um dos achados arqueológicos mais intrigantes dos últimos anos

 

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